sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

o meu andar.

Não sei escrever e sei que não preciso
sabe-me bem até escrever mal e deixar me ler com as moedas pretas que tenho no bolso escuro com um índice de textura pouco evidente
A miúda amarela é que me disse realmente que o céu é roxo e que as as verdadeiras coisas são as que não se vêm, são as que não são ditas e as que não são numeradas por tópicos e descritas à exaustão. (essas qualquer um sabe e não teria piada)
os outros é que têm piada e da grande mesmo. mas foi o que me disse à uns tempos quando ainda andava pelo céu azul escuro da noite a saltar com uma enorme à vontade e à espera da próxima subida para ver a janela do trigésimo terceiro andar e o poste curvo que os rascunhos a caneta bic preta da banda desenhada lhe dizem. ela até que é marota e diz-se que o é. Eu gosto imenso dela mas às vezes acho-a um pouco insuportável pelo bem estar em demasia que me faz sentir. Quando estou assim, estou mais alto que todos, não por ser melhor ou pior, mas pelo espírito e pela capacidade de conseguir sobrevoar.
Também, nestes momentos sou esperto (um bocado sorrateiro como ela) e ponho-me descalço para sentir com todos os "outros" o verde da relva a fazer-me cócegas.
Em grande parte acho que ela tem piada só porque me diz que é só por isto.
Isto que é tão bom não ser objectivo e definitivo.

Ela,
ela é a minha cabeça.

2 Comentários:

Blogger maria miguel disse...

gostei, está diferente dos outros textos todos (:

24 de janeiro de 2009 às 06:16  
Blogger Margarida disse...

gostei, gostei muito : )

26 de fevereiro de 2009 às 06:57  

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