sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

o meu andar.

Não sei escrever e sei que não preciso
sabe-me bem até escrever mal e deixar me ler com as moedas pretas que tenho no bolso escuro com um índice de textura pouco evidente
A miúda amarela é que me disse realmente que o céu é roxo e que as as verdadeiras coisas são as que não se vêm, são as que não são ditas e as que não são numeradas por tópicos e descritas à exaustão. (essas qualquer um sabe e não teria piada)
os outros é que têm piada e da grande mesmo. mas foi o que me disse à uns tempos quando ainda andava pelo céu azul escuro da noite a saltar com uma enorme à vontade e à espera da próxima subida para ver a janela do trigésimo terceiro andar e o poste curvo que os rascunhos a caneta bic preta da banda desenhada lhe dizem. ela até que é marota e diz-se que o é. Eu gosto imenso dela mas às vezes acho-a um pouco insuportável pelo bem estar em demasia que me faz sentir. Quando estou assim, estou mais alto que todos, não por ser melhor ou pior, mas pelo espírito e pela capacidade de conseguir sobrevoar.
Também, nestes momentos sou esperto (um bocado sorrateiro como ela) e ponho-me descalço para sentir com todos os "outros" o verde da relva a fazer-me cócegas.
Em grande parte acho que ela tem piada só porque me diz que é só por isto.
Isto que é tão bom não ser objectivo e definitivo.

Ela,
ela é a minha cabeça.

sábado, 17 de janeiro de 2009

nuvem amarela como os post-its do meu quarto, ou então só amarelo

já tenho o bichinho ou então sou eu que anseio por te-lo
mas quero que seja em breve que acorde e que deixe as cores mortas e as formas já mais que vistas para ter o magenta e os amarelos ofegantes.
Acho que foi a primeira segunda feira que me fez ver as coisas com outra perspectiva até porque achei piada a isto de intervir num espaço que uso tantas vez. (mas agora outra coisa sem ser caixotes e fita cola que não cola)
que viagem, isto de flutuar antes e depois do dia até porque já me perco - bem disse que não era isto que me ia alterar até me ajudou a crescer e a tornar-me mais audaz naquilo que tinha medo de gritar
ora, antes de Abril de 63 tenho de fazer tudo, isto de saber que só tenho 55 anos de vida é um bocadinho incomodativo mas como me conheço corto o cabelo amanhã e esqueço-me do que pensei. (normalmente tenho esta estranha sensação de não ser organizado e da super-produção-super-produção da industria nas pessoas já mecanizadas)
até gostei de me sentir um elemento orgânico de natureza nestas quase noventa e quatro horas sempre em movimento, sem ver planos horizontais
não os podia sequer imaginar nem sonhar porque não tinha tempo para isso
apesar dos filmes das coincidências que nos "emprenham" quando miúdos foi bom tudo não se ter passado até porque era um bocado chato o assalto e todos os filmes que se passam de noite terem levado pelas ruelas mais obscuras e mais desnorteadas.
vá lá, que tivemos aquela subjectividade a que chamamos como?
a sorte, é isso.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Isto serve como uma página seguinte (está adiantada um bocadinho, é apressada)

Redondo só este circulo grande e porco, mas outra coisa é o meu elefante roxo, de três pernas e sem texturas. Liso, mas liso à séria.
Mas ele é assim, mas é feliz porque não é como estes cretinos que nos gritam aos ouvidos a toda a hora! Esses nem sei como são (mas há quem saiba).
Agora foi isto e mais isto, mas amanhã vai ser o melhor dia, sempre balelas. Agora é sempre.
Comigo guardo um copo de uma história escura e rápida, com mais curvas que qualquer outro, sei bem que ele é único e até sei que é uma obra-de-arte, mas mostrar? para quê? Ganhar dinheiro? Não, não é preciso. prefiro a chuva a bater-me nos ombros.
Prefiro isto e outra coisa. A de guardá-lo só para mim e rir-me com ele, para ter umas tripes fenomenais e associá-lo sempre a relva, que tanto gosto e sim é só para mim e para quem imaginar isto que lê. (egoismo desenfreado da minha parte)
Isto que lê, agora libertem o mundo e deixem-se de formas muito vincadas e marcantes de sair, que essas não valem grande coisa, pelo menos para mim.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Dá-lhe nessa porcaria, antes aí que ali (cabrão do futuro)


Eu quero lá saber se tens um bigode ou se tu, loira tens os olhos azuis mais claros que a da vizinha do lado.
Eu quero lá saber!